"Portugal, pelo seu clima e pela natureza do solo, é, fora um ou outro raro lugar, o país da árvore". Agostinho da Silva

Grandes, pequenas, formosas, circunspectas, imponentes ou frágeis. Dão, sem pedir nada. E são, simplesmente. Respiram, respiram-nos e fazem respirar. Amam, amam-nos e fazem-nos amar. Conta-se que um jovem cavaleiro cansado de travar batalhas infindáveis e de desfecho previsível refugiava-se na floresta. As árvores ouviam-no pacientemente e um dia decidiram falar-lhe. Amai-vos uns aos Outros Como Nós Vos Amamos. Tomado de assalto pela revelação, o cavaleiro decidiu ali mesmo abandonar a carreira militar e dedicar-se a uma vida nova de aprendizagem com aquelas árvores sagradas. Estamos certos de que todos teremos muito a aprender com o mistério das Árvores do Amor. A nossa mensagem também é simples. Amar-vores uns aos Outros. Como Elas vos Amam. Parece fácil. E é.

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Figueira-da-Austrália (Ficus macrophylla) - Quinta das Lágrimas, Coimbra.


Quinta das Lágrimas, Coimbra.
 
É dos grandes amores malditos da história de Portugal.  Inês de Castro foi punida pelo crime de amar D. Pedro. Chorou o triste fim que lhe o destino lhe reservara e, como Camões acabaria por recontar, as lágrimas choradas transformaram o nome que lhe puseram, lágrimas que são água e o nome, claro, amores. Conta-se ainda que acabariam por nascer também algumas águas avermelhadas, o seu sangue derramado. Local que presta culto ao amor, a Fonte dos Amores, na Quinta das Lágrimas, encontra-se protegida por uma imponente figueira-da-austrália (ficus macrophylla), sem dúvida um dos maiores exemplares desta espécie no país. Aqui, há uma solenidade informal diante da presença intemporal de um dos episódios mais apaixonantes da história de Portugal em que o privado e o público se confundiram. Tudo por causa do amor, claro.
 
Texto Nuno Costa
Fotografias Zito Colaço
 

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