Quinta das Lágrimas, Coimbra.
É dos grandes amores malditos da história de Portugal. Inês de Castro foi punida pelo crime de amar D. Pedro. Chorou o triste fim que lhe o destino lhe reservara e, como Camões acabaria por recontar, as lágrimas choradas transformaram o nome que lhe puseram, lágrimas que são água e o nome, claro, amores. Conta-se ainda que acabariam por nascer também algumas águas avermelhadas, o seu sangue derramado. Local que presta culto ao amor, a Fonte dos Amores, na Quinta das Lágrimas, encontra-se protegida por uma imponente figueira-da-austrália (ficus macrophylla), sem dúvida um dos maiores exemplares desta espécie no país. Aqui, há uma solenidade informal diante da presença intemporal de um dos episódios mais apaixonantes da história de Portugal em que o privado e o público se confundiram. Tudo por causa do amor, claro.
Texto Nuno Costa
Fotografias Zito Colaço
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