Serra de Aire, Ourém
Silêncio. Temos que que andar pé ante pé. Para não a acordar. Dizem que dorme dentro de um carvalho. Como no livro da Sophia. Chamava-se Fátima e veio parar à Serra de Aire em cativeiro raptada por um cristão, Gonçalo Hermigues. Acabou por se apaixonar pelo raptor.
Acontece, dizem os espíritos da floresta. E escolheu para nome de baptismo Oureana. O amor fez desta serra um lugar onde tudo é possível. Uma dimensão paralela desenhada por carvalhos e azinheiras plantados geometricamente na paisagem. Há quem venha para aqui à noite ver ovnis. Há quem venha para aqui há noite namorar. Afinal, o amor é sempre esse encontro marcado com o desconhecido.
Texto Nuno Costa
Fotografias Zito Colaço
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